data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Embora o pleito municipal esteja marcado para o dia 4 de outubro, o jogo político partidário em torno das eleições inicia bem antes, a começar pelo período da chamada janela eleitoral. Nela, vereadores podem trocar de partido para concorrer à eleição sem incorrer em fidelidade partidária. O período ficou fixado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre 5 de março a 3 de abril.
Na Câmara de Vereadores de Santa Maria, há especulações que, ao menos quatro vereadores poderiam trocar de legenda para concorrer à reeleição: João Ricardo Vargas (PSDB), Coronel Vargas; Deili Silva (PTB), Drª Deili; Jorge Trindade Soares (Rede), Jorjão, e Leopoldo Ochulaki (PSB), Alemão do Gás. Contudo, nem todos desses nomes devem mudar de sigla.
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Coronel Vargas, após ficar mais de um ano como secretário de Mobilidade Urbana do governo Jorge Pozzobom (PSDB), retornou ao Legislativo em maio do ano passado. Nos bastidores, o tucano demonstra insatisfação com o governador Eduardo Leite (PSDB), correligionário dele e do prefeito, em função do parcelamento de salários dos servidores públicos e com o pacote de medidas de reestruturação do Estado, aprovado em janeiro pela Assembleia Legislativa e que afetou os servidores da segurança pública, sua principal bandeira.
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- Nós já estamos realizando tratativas. É um período que vamos decidir o que vai acontecer. Evidentemente, vamos tomar uma decisão ética. Dentro do período, vou verificar minha situação, onde me encaixo em ideologia pensamentos e objetivos - afirmou ele, que poderá ter como destino o Partido Liberal (PL).
Já em relação à Drª Deili, circulou pelos corredores do Legislativo, nos últimos meses, informações de que ela poderia se filiar ao Republicanos, ex-PRB. Entretanto, ela rechaça essa informação, apesar de confirmar que recebeu propostas de outros partidos.
-No momento, ainda não temos nenhum posicionamento. A princípio, permanecemos no PTB. Recebi propostas de outros partidos, mas só ouvimos e não firmamos com ninguém - explica a médica.
Enquanto isso, Jorjão escolhe qual será seu destino. Filiado à Rede, após a reforma política, ficou praticamente insustentável a sobrevivência de pequenos partidos. Sem perspectiva na atual sigla, ele irá para uma nova legenda.
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- Acredito que a Rede foi uma boa nova para a política. Só que a reforma política diminuiu muito os partidos. A minha opção de sobrevivência é ir para um partido que, de fato, represente a classe trabalhadora. Tenho três ou quatro opções - enfatiza o vereador.
Já Alemão do Gás vive uma crise dentro do PSB. Alguns membros da sigla chegaram a defender sua expulsão da legenda, porém a reunião da executiva não teve quórum suficiente e o pedido não foi votado. Na primeira sessão deliberativa da Casa depois do recesso, realizada na quinta-feira, a reportagem procurou o parlamentar socialista para falar sobre o assunto. Entretanto, ele preferiu não se manifestar. Em declaração anterior ao Diário, Alemão do Gás se limitou a afirmar que recebeu convites de vários partidos.
Como a janela abre em breve, logo haverá dança das cadeiras no Legislativo santa-mariense e parlamentares se abrigando em novos ninhos.